25 setembro 2012

Das esperanças...


O que seria de mim se não fosse a espera?
Ela é quase que uma segunda pele, uma segunda natureza.
Que anda junto ao desespero, à urgência.
Um desespero que sempre sabe que terá que passar pelo purgatório da sala-de-espera.
Ou mais uma fila ou sabe-se lá o quê! Mas haverá!
No meio do caminho sempre haverá uma pedra.
Somos viajantes em um mundo em que não há estradas retas ou planas.
Há que se esperar o mau tempo passar. A boiada. As crianças saindo da escola.
Eu espero na urgência que sinto em prosseguir.
No gosto pela inércia dos fatos conhecidos.
Pelo desejo de mudar sem mudar.
De esperar sem desesperar.
De esperança em esperança, finjo que sobrevivo.
Finjo que tenho calma, que sou um poço de paz.
Apenas finjo...
Quem sabe assim o esperar se torna mais breve?