30 novembro 2012

Nada


Aprendi a não confiar em quem nunca foi ao inferno.
De quem nunca dormiu com a morte
Nunca beijou a  terra nua
E nunca olhou nos olhos da miséria humana.
De quem nunca foi grama e nunca sentiu o peso do mundo sobre si
De quem nunca se sentiu coisa inanimada, inexistente aos olhos dos bonitos do mundo.
De quem nunca se sentiu invisível, sem importância, sem luz ou brilho.
Apagado, sem som, esquecido.

Uma pedra sabe muito do mundo.
Ali no silêncio e no vazio de si mesma
Toda sabedoria repousa.