30 setembro 2010

Alma limpa

Gosto de correr loucamente pelos campos.
Há sim irregularidades pelo chão, torrões de terra,
poças de lama, moitas de capim.
Eu sigo.
Não, não há nada que me persegue.
Daquilo que eu fujo, mora dentro de mim.
O consolo é ver o suor escorrendo.
Poder sentir o coração acelerado, o vento no rosto
e, quem sabe, a alegria de pingos de chuva a escorrer pelos cabelos.
Corro cegamente sem rumo ou destino que não seja eu mesma.
Simplesmente pela leveza ingênua que a canseira dá.