11 outubro 2009





Empurro as abas da janela com força
Abro o peito, os pulmões
Na ânsia louca de experimentar as boas e velhas novas trazidas pelo vento
Sentir o hálito de lugares distantes, nunca pisados, mas imensamente conhecidos
Ouvir a música das vozes de outrora, o balbúrdio da hora do almoço, a conversa no portão...

A brisa acaricia de leve meus cabelos sobre os ombros, 
empurra de leve  alça do vestido
Corro para a porta
Abro com esperança,
um esperança que não conhece começo nem fim, só largueza

Saudades de um tempo de riso fácil
De alegria que não sabia de si mesma
De um lugar que se perdeu na neblina da manhã
Mas que volta e meia o vento insiste em trazer