26 novembro 2011

O rio que não é da minha aldeia...


Tudo é relativo. À primeira vista pode parecer pequeno.
Olhe de novo.
Ou melhor, entre.
Há profundidade suficente para se envolver.
Sem abismos ocultos para devorar.
Pode-se tocar e sentir o chão.
Além disso os raios de luz lhe banham
Por toda pequena extensão.
É límpido, reluzente!
Casa de seres coloridos:
Sereias, plantas que brilham.
Peixes, por que não?
Tem todas as cores quentes de um dia de verão.
Acolhe, acalenta, lava.
Estava no meu caminho de viajante cansado.
À margem da mão esquerda ou direita? Não sei.
Linha da vida.
De uma coisa tenho certeza:
É presente divino embrulhado em forma de água.
Direto das alturas a esse vale de secas lágrimas.