11 maio 2009

Alumbramento




Meus olhos estavam confusos diante daquela luz.

Será que já havia dormido tanto e não havia me dado conta? Era dia? Cadê os bem-te-vis?

E a alegria dos cachorros me acordando para terminarem de dormir mais um pouquinho comigo?

Não, não era a claridade da manhã. Mas também não parecia em nada com a de uma lâmpada.


Fiquei assim, corpo prostrado sobre o colchão, sentindo o conforto dos lençóis.

Me faltava a disposição para saber de onde vinha tanta luz.

O aconchego era maior que a curiosidade.


Meus olhos tornaram-se pesados. Voltei a dormir.